domingo, 4 de setembro de 2011

DICAS DE COMO CONTRATAR UM ARQUITETO

Para você, que vai construir, reformar ou até decorar, e decidiu contratar os serviços de um arquiteto ou escritório de arquitetura, existem algumas dicas que podem facilitar o processo e até mesmo influenciar o seu resultado final. Confira:

Para que, mesmo, você quer contratar um arquiteto?
Antes de mais nada, tenha claro para que exatamente você quer contratar um arquiteto.
- É só para desenvolver o projeto de sua casa?
- Ou gostaria, também, que ele acompanhasse a sua obra?
- E quanto aos materiais?
- É o arquiteto quem vai especificar e se encarregar das compras?

Existem profissionais e escritórios que dão suporte do início ao fim na construção de sua casa. Outros, não – apenas desenvolvem os projetos. E quanto à decoração? Já pensou nisso? Existem muitos profissionais que também trabalham com arquitetura de interiores.

À procura de um profissional





Se você não sabe por onde começar, uma boa dica é pesquisar aqueles que podem atendê-lo em todas as suas necessidades. Como em qualquer área, existem diversos tipos de profissionais e empresas. O ideal é escolher aquele mais adequado às suas expectativas.

Conhecer trabalhos e clientes anteriores pode dar uma ideia das habilidades e conhecimentos do profissional.

Peça o seu portfólio ou indicação das obras já realizadas. Converse com ele: exponha o que você precisa e veja como ele pode ajudar. Pergunte como ele costuma atender os seus clientes – e como pretende atendê-lo –, desenvolver e apresentar os projetos.
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Na hora de fechar o contrato, toda atenção é pouco!
Como toda relação comercial, o trato entre cliente e arquiteto ou decorador pode resultar em descontentamentos - ainda mais quando se leva em conta que a casa é um bem no qual as pessoas depositam grandes expectativas. Para evitar dores de cabeça, faça um contrato claro, com os direitos e deveres de cada parte e o detalhamento da tarefa a ser executada. É importante que o documento traga ainda os prazos de conclusão, o preço e a forma de pagamento (incluindo os serviços que serão cobrados à parte) e as conseqüências de uma eventual rescisão.


Lidar com imprevistos Nenhum contrato, no entanto, é capaz de prever todas as questões que surgem. Para resolvê-las, recorra a bom senso e diálogo. Por exemplo: quem arca com o prejuízo caso o cliente não fique satisfeito com a qualidade de um serviço? Em geral, profissionais trabalham com equipes de confiança, mas precisam aceitar indicações do cliente, que aí deveria assumir a responsabilidade pelos problemas. Uma dica preciosa para que tudo dê certo é conversar e acertar os ponteiros sempre que necessário.

Quanto vai custar?




Não existe uma regra única para a cobrança dos serviços, mesmo porque, eles variam muito. Podem incluir, ou não, o acompanhamento da obra, compra de materiais, etc… Muitos profissionais cobram pelo projeto uma percentagem em relação ao valor total da obra. Outros, baseiam-se em cálculos feitos em metros quadrados.
É claro que, conforme o gabarito e experiência do profissional, região, etc… o preço também varia. O importante é estar discriminado em detalhes todos os serviços que prestará, e os seus respectivos pagamentos. Isso evita aborrecimentos e surpresas no futuro. Estipulação de prazos também é importante, tanto no que diz respeito à obra, quanto ao projeto. Não se esqueça, ainda, de acertar detalhes quanto à aprovação do projeto na prefeitura local, e outros aspectos sobre documentações necessárias
Os preços cobrados podem ser contabilizados por metro quadrado ou hora técnica, por exemplo. Em geral, um projeto assinado por estrelas da decoração e da arquitetura tende a custar mais do que um trabalho executado por profissionais menos conhecidos ou recém-formados. É que nessa balança pesam a fama, a experiência e os custos do escritório. "Evite surpresas solicitando previamente uma tabela de honorários do profissional", recomenda o designer de interiores Roberto Negrete. Para facilitar, associações como ABD, Asbea e Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) oferecem tabelas e fórmulas para nortear a cobrança (veja quadro nesta página), mas não há lei ou determinação que obriguem os profissionais a segui-las. "A tabela funciona como referência. Não é obrigatória. Em função da concorrência e da crise econômica, a maioria dos profissionais cobra menos do que deveria para manter o cliente", observa Betty Birger, da Asbea. A remuneração do arquiteto ou decorador, porém, representa uma parte das despesas que você terá ao construir, reformar e decorar sua casa. Deixe claro desde o início quanto pretende gastar no total, somando projeto e execução. Só assim o profissional saberá avaliar quanto cobrar e também que tipo de obra é possível realizar com o orçamento disponível.

Confira honorários sugeridos por associações de profissionais.

Valor médio por m2 decorado: R$ 70,00
Consulta (com duração de três horas): de R$ 100 a R$ 200
Hora técnica (para serviços não previstos no projeto): de R$ 75 a R$ 100
Hora Acompanhamento da obra: 10 a 15% do custo estimado

Fonte: ABD

Os honorários do arquiteto variam de 1,8% (para área construída maior que 32 mil m2) a 10,8% (área construída inferior ou igual a 125 m2) do custo de execução da obra. Esses valores valem para obras novas e não para reformas ou acréscimos de edificações.

Fonte: IAB
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O que é uma Reserva Técnica?

Esse é um assunto tabu no mercado de decoração. Trata-se de uma comissão oferecida por lojistas e prestadores de serviço aos profissionais que varia de 2 a 30% do montante gasto pelo cliente - o percentual mais comum é 10%. Por envolver valores, muitos decoradores e arquitetos preferem não revelar essa informação ao cliente. A falta de clareza gera conflitos, acredita Brunete Fraccaroli, presidente da ABD. "É um procedimento legal. O profissional está avalizando uma loja ou um fabricante e merece receber por isso", afirma. Outro problema, segundo Brunete, acontece quando lojistas oferecem desconto ao ver o consumidor desacompanhado, alegando que não vão precisar repassar a reserva. "Ela não pode estar embutida no preço do produto, mas prevista à parte. Do contrário, o cliente se sente lesado", diz. Na loja Etna, de São Paulo, o procedimento é transparente: o profissional cadastrado recebe um cartão, utilizado sempre que seu cliente efetua alguma compra. Quando acumula determinado número de pontos, recebe uma comissão que vai de 3 a 10%. "A reserva técnica é uma forma de conquistar a fidelidade do arquiteto e do decorador", diz Allan Simon, gerente de marketing da empresa.
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As etapas de um projeto arquitetônico



Como não existem regras fixas para desenvolver um projeto, suas etapas variam de acordo com cada profissional. Mas, é possível vislumbrar algumas etapas. Fechado o contrato, por exemplo, o primeiro passo é conversar detalhadamente com o profissional que você contratou. Muitas vezes, o assunto não se esgota no primeiro encontro. O objetivo é verificar as suas expectativas com relação à casa.
Você deve fornecer detalhes de seus hábitos e de sua família. Este é o momento para você indicar as suas preferências e sonhos.

Desse diálogo nascerá o programa da casa – relação de cômodos, espaços, etc… Deve ficar claro, ainda, quanto você pretende gastar e em quanto tempo. A partir daí, o profissional pode desenvolver os seus estudos preliminares. Idéias surgem, são discutidas, esboços são feitos e finalmente aparece o primeiro desenho da casa. Muitas vezes esse já é o anteprojeto – uma idéia muito próxima do desenho final da casa.

Acertados os detalhes, tudo discutido, parte-se para o projeto. Representado por cortes, plantas, fachadas, esses são os desenhos que devem ser apresentados às repartições públicas para aprovação. Devem, por fim, ser elaborados detalhes construtivos e projetos complementares, que possibilitarão total compreensão do projeto, para que seja possível iniciar a construção. O importante, é você ter entendido e acertado com o profissional como será esse desenvolvimento do projeto.

Esse é o momento para você guardar toda a documentação e cópias do projeto arquitetônico consigo


É muito comum as pessoas guardarem documentos referente à aprovação do projeto na prefeitura, documentos relativos à obra e esquecerem-se da importância de terem consigo o projeto arquitetônico. O projeto chega à obra em cópias heliográficas ( azuis ou pretas ) ou plotadas (impressões de arquivos de desenhos feitos através de softwares próprios para desenvolvimento de projetos ) que servem de orientação para a construção. Guarde consigo uma cópia de cada desenho. Inclusive, se possível, do projeto hidráulico e elétrico. Eles serão de muita utilidade no futuro. Muitos canos deixam de ser furados por engano, economiza-se em quebra-quebra em reformas e facilita concertos e reformas que queira ou precise fazer no futuro.

Acompanhe sempre a obra, baseando-se em um cronograma



Ter um cronograma de obras, detalhando etapa por etapa da obra, data prevista para início e término é muito importante. Isso ajuda muito não só o próprio andamento da mesma, como também é uma forma de você controlar e acompanhar o desenrolar do processo. Além do mais, baseado no cronograma, você pode realizar um planejamento orçamentário mês a mês, controlando as depesas mês a mês, de acordo com as previsões orçamentárias para cada etapa.
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Texto: Revista Casa Cláudia
Postagem: Ronisio Maia

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